Em jogo de fortes emoções, Sedex elimina Favela do Guacuri e avança na Super Copa Pioneer 2017

Partida realizada no Doroteia ficou marcada por um show a parte de ambas as torcidas e gol no finalzinho

Por Caio Henrique

Pré Jogo

Antes de rolar a bola, a expectativa era grande por tudo que envolvia o confronto entre Favela e Sedex. As equipes foram da mesma chave no chamado “grupo da morte” que ainda tinha Coroado e Ajax da Vila Rica. Na última rodada, o time da Cidade Tiradentes precisava apenas de um empate contra o mesmo Favela para garantir sua classificação. Já o time da casa, estava com sua vaga garantida e o jogo terminou três a zero para o Sedex, o que deu muita repercussão de que o time da zona sul havia entregado ou facilitado.

Foto: Caio Henrique

”A motivação maior é que agora quem perder realmente volta para casa. Levando também em consideração o jogo da fase de classificação que perdemos de três a zero para eles e saímos daqui como mercenários, que entregamos o jogo, mas Deus proporcionou esse momento e vamos mostrar que não foi nada disso, vamos mostrar que perdemos o outro jogo porque não jogamos nada e eles foram melhores”. Disse Cassiano, treinador do Favela se referindo a atmosfera que envolvia o confronto.

Ambas as torcidas faziam grande festa nas arquibancadas, fogos, faixas, bateria e muito incentivo marcaram os momentos que antecederam o confronto. No clima da torcida, falamos com Juquinha, atacante de muitos anos do Sedex para saber como a equipe da Leste entraria para tentar repetir o feito da chave de grupos. O camisa 11 disse: “Temos que fazer igual fizemos contra eles no outro jogo. Sem a bola marcar atrás do meio campo, e com a bola usar o contra-ataque e acredito que assim nós vamos sair daqui hoje com a vitória e a classificação, não tem segredo”.

Primeiro tempo

Depois de ouvir os dois lados, a bola rolou no forte calor do Dorotéia. Assim como Juquinha disse, o Favela começou em cima enquanto o Sedex marcava atrás da linha da bola a fim de puxar um bom contra golpe. Nos primeiros minutos a marcação foi perfeita pelo lado do SDX, porém com a bola no pé a equipe não criava. Já os donos da casa pressionavam, usava bastante jogadas com seu pivô Du Bala, mas nada muito eficiente. Aos 10 minutos a famosa bola do jogo para o Favela.

Celso fez boa ligação direta com Du Bala que de primeira tocou em Jhow. O camisa 10 veio de trás, protegeu do zagueiro no corpo e bateu firme, com o peito do pé, mas Peron, arqueiro do SDX, fez uma lindíssima defesa com os pés e salvou a equipe. Um ataque muito rápido que fez a equipe da Cidade Tiradentes acordar de vez para o jogo. Após quase sofrer o gol, o Sedex se acertou e o equilíbrio começou a aparecer. A bola parada era a arma mais perigosa dos visitantes que insistiam e muito na bola aérea.

De tanto insistir, a bola entrou. Aos 27’, Esquerda, lateral do Sedex, cruzou da intermediaria frontal de ataque, a bola foi na marca do pênalti onde todo mundo subiu, a bola resvalou na cabeça do defensor e matou o goleiro Celso. Placar aberto, Sedex na frente. A jogada mais perigosa funcionou, o que deu ainda mais tranquilidade para a marcação em cima de um Favela pouco inspirado na primeira etapa. Sem mais perigos, a primeira metade terminou com o Sedex na frente.

Etapa final e sortes emoções

”Primeiro tempo foi bom, agora é manter a mesma postura, segurar atrás, deixar os caras tocarem e se der pra fazer o segundo, melhor”, disse o experiente meio campista Pet do Sedex antes de voltar pra etapa final. Do lado dos mandantes ouvimos Mancuso: “Só está faltando um pouco de vontade, mas agora vamos marcar em cima e soltar mais rápido a bola que vamos virar o jogo”.

Foto: Caio Henrique

Da mesma maneira em que terminou a primeira etapa, começou a segunda. Claramente poderia ver as estratégias de ambas as equipes. Víamos um Favela marcando em cima, tentando forçar um erro na saída de bola adversária e também um Sedex mostrando maturidade na marcação, com paciência para tentar matar a partida em uma bola.

Aos 15 minutos Peron brilhou novamente. Após escanteio cobrado pelo Favela, a bola sobrou na meia lua para Jhow que bateu de primeira, mas o arqueiro se esticou todo e conseguiu defender. No contra-ataque tão esperado pelo SDX, Juquinha desperdiçou. O atacante recebeu na frente do goleiro, em velocidade tentou driblar, mas perdeu a passada e chutou fraco dando tempo de recuperação para Celso.

O tempo foi passando, o drama aumentando e já passados mais de 20 minutos, já não se via técnica e organização do lado azul. Era um Favela que foi com tudo para o abafa e não encontrava espaços para chegar ao empate, até que no último lance da partida a equipe consegue uma falta na intermediária esquerda para cobrar. Rodrigo que havia entrado no decorrer da partida foi para a bola, bateu firme meia altura, a boa passou em baixo e Peron e morreu no fundo das redes.

Uma verdadeira explosão foi vista no Dorotéia. Comemoração geral de toda torcida, comissão e jogadores. A bola entrou e o árbitro encerrou a partida. O SDX não acreditava, porém não mostrava abatimento. Com o empate, a classificação foi decidida nas penalidades. Acompanhem as cobranças que deram ao Sedex uma classificação histórica.

Imagens: Cornetas da Bola

“A verdade é que a emoção não é só pela vitória, mas também por quebrar um tabu, né?! Vocês acompanham nós nos campeonatos e toda vez que nós vamos para os pênaltis, infelizmente a gente perde. A gente domina o jogo, faz isso, faz aquilo e os caras levam para os pênaltis e conseguem a vitória. Mas hoje, graças a Deus ele nos deu essa oportunidade de uma grande vitória. Parabéns ao time do Favela também, tudo parceiro”. Disse o emocionadíssimo Som, diretor do Sedex ao fim do jogo.

Agora a equipe da Zona Leste encara a também tradicional equipe do Milianos na oitavas de finais geral da competição. Para o Favela sobrou a frustação por mais um ano após ter feito ótima campanha na primeira fase, ser eliminado precocemente.

Ficha técnica
Favela Guacuri 1 (4) x (5) 1 Sedex
Data: 05/03/2017
Local: CDC Pq Dorotéia

Favela: 1- Celso; 3- Adilson; 4- Da Silva; 2- Paulinho; 6- Gilmarzinho; 14- Eneias; 5- Romarinho; 23- Renan; 10- Jhow; 8- Mancuso; 9- Du Bala. Técnico: Cassiano

Sedex: 1- Peron; 2- Sergipano; 13- Léo; 4- Gigante; 5- Pedro Navas; 6- Esquerda; 20- Batata; 7- Pará; 8- Pet; 10- Danilo; 11- Juquinha. Técnico: Marquinhos

Cartões Amarelos Favela: Du Bala; Mancuso e Jhow

Cartões Amarelos Sedex:

Árbitro: Aleksandro Ishngi

Auxiliar 1: Bruno Mascarenhas

Auxiliar 2: Benê Santana

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