Por Caio Henrique
Partida realizada no CDC Acadêmico da Cidade Dutra foi marcada por fortes emoções de ambos os lados

Pré-jogo
Antes de a bola começar a rolar para conhecermos quem seria o grande campeão dessa edição da Copa Leões, ouvimos ambos os treinadores para sabermos como se portaria cada equipe dentro de campo. “Graças a Deus a gente tá preparado, estamos em um trabalho de um ano com o objetivo de chegar nessa final. Tá todo mundo ai hoje pronto pra final. Esperamos que a gente consiga fazer um bom jogo, e colocar em prática o que estamos trabalhando até hoje”, disse Tatu, treinador do Brasília.
Já Bruno, treinador do Palmeirinha, se mostrou muito cauteloso antes da partida e afirmou que sua equipe não era favorita. “Estamos bem, mas favorito jamais. A equipe do Brasília é forte, tradicional na várzea, tem que respeitar. Vai ser um jogo igual”, completou o técnico.
Primeiro tempo
Nos primeiros dez minutos de partida, a equipe do Brasília se mostrou melhor. Aquilo que o professor Tatu disse que faria de pressionar aconteceu. O Palmeirinha por sua vez, não estava perdido em campo, aguardava somente uma bola para encaixar seu jogo de contra golpe. Aos 10 minutos, a primeira finalização. Rogerinho recebeu de Buia no meio e tentou arriscar, mas sem força para Juninho, que encaixou sem problemas. Aos 12 minutos, um gol perdido pela equipe do Jd São Luiz que em final não se desperdiça. Após cobrança de tiro de meta, bola foi desviada no meio e caiu nos pés de Vitinho que na frente do goleiro, tirou muito e bateu pra fora.
Em seguida, a bola que o Palmeirinha queria. Contra-ataque puxado pelo lado esquerdo de ataque, Jorge recebeu na linha de fundo e viu Bê entrando no costado da zaga. Com uma virada de jogo magistral, o meio campista colocou no pé de Bê que de primeira bateu com a chapa, no canto, fazendo explodir a comunidade do Paraisópolis. O placar estava aberto aos 13 minutos da etapa inicial.
Após o gol, a tranquilidade tomou conta da equipe verde que começou a mostrar um belo futebol. Toques rápidos, envolventes e objetivos, Porém, sem a bola, os espaços dados à equipe adversária eram muito grandes, por isso, o Brasília ainda estava bem na partida, tentando o empate. Aos 18 minutos, quase o Palmeirinha amplia. Buiu, na lateral direita, recebeu e arriscou de três dedos, a bola fez linda curva e passou raspando a trave direita de Dida.
Final de primeiro tempo emocionante
Nos últimos dez minutos de jogo da primeira etapa vimos de tudo. Aos 31, Fafi, para o Palmeirinha, usou toda sua velocidade e conduziu a bola do meio campo até a linha de fundo, cruzou forte para o meio da área onde Bê novamente entrara para fazer o gol, mas a zaga se antecipou e tirou, quase marcando um gol contra. Aos 35 minutos, foi a vez do Brasília mostrar grande perigo. Ge lançou Vitinho por trás da zaga, o atacante girou batendo forte. No reflexo, Juninho deu um tapa na bola que saiu para linha de fundo.
No último minuto do tempo regulamentar da primeira metade, o lance mais polêmico de todo jogo. Contra-ataque para o Palmeirinha puxado por Buiu que encontrou Fafi na linha de fundo direita. O atacante cruza meia altura e, novamente Bê se antecipa à zaga escorando a bola. Carinhosamente ela bateu no travessão, pingou na linha, bateu no travessão novamente e pingou dentro do gol, mas o arbitro e o seu assistente não viram assim e deixaram o jogo seguir. Muito nervoso com o lance, Bruno contestou com muita veemência e foi expulso. O Palmeirinha perdeu o treinador para o restante da partida.
Intervalo
“Primeiro é uma final, e é normal, com a bola no pé nosso time tem qualidade, o time deles é veloz e isso atrapalha um pouquinho, mas a gente tá bem postado. O que aconteceu de contra-ataque é normal, mas não tem problema não”, disse Juninho, goleiro do Palmeirinha na saída para o intervalo. Já Tatu, treinador do Brasília, disse como deveria ser a postura da sua equipe para o segundo tempo. “Coloquei o Gustavo e o Brasão ali, dois centroavantes para tentar o gol na bola aérea. Estamos atrás do placar, agora é ir pra cima para tentar buscar o resultado”.
Segundo tempo
Os últimos 40 minutos, ou melhor, 50, foram bem truncados. O Palmeirinha manteve concentração na marcação, o Brasília pressionou a todo o momento, e quase empatou aos 3 minutos. Cido bateu uma bomba de falta da intermediaria esquerda, a bola foi no ângulo, mas Juninho, de forma espetacular, deu uma linda ponte e buscou, espalmando para escanteio. O Palmeirinha só conseguiu chegar de forma perigosa aos 27 minutos, após um lance incomum. O atleta do Brasília estava como último homem, sendo pressionado. Ele levantou a bola e cabeceou para o goleiro, e o juiz deu tiro livre indireto para o Palmeirinha. Na cobrança, Bê só pisa e Jorge bate com força, a bola raspa a trave de Celso, que havia entrado no intervalo.

Quando tudo caminhava para um final com o titulo do Palmeirinha, eis que surge uma falta, aos 38 minutos, na lateral esquerda de ataque para o Brasília. Todo mundo foi para a área, Vitinho cruzou no segundo pau, Juninho saiu e não achou nada, zagueiro escorou para a pequena área e, Brasão, o centroavante entrou de peixinho, colocando a bola pra dentro e fez o CDC ir a baixo. Na comemoração atleta tirou a camisa e levou cartão amarelo. Após o gol, uma confusão da comissão técnica do Palmeirinha que pedia impedimento. A partida se estendeu até nos 50 minutos e o arbitro colocou ponto final. O titulo foi decidido nas penalidades, acompanhe abaixo.
Ficha técnica
Palmeirinha 1 (3) x (2) 1 Brasília
Local: CDC Acadêmico da Cidade Dutra
Data: 29/05/2016
Palmeirinha: 12-Juninho; 2- Buiu (23- Bre); 3- Boi; 5- Sasa; 6- Esquerda; 7- Bê; 8- Gê, 10- Fumaça (18- Julinho); 11- Fafi (26- Tinho); 16- Toninho; 19- Jorge (28- Rodrigo). Técnico: Bruno
Brasília: 1- Dida (12- Celso); 2- Lucas (21- Cafú); 3- Toni; 4- Cido; 5- Bebeto; 6- Chulé (14- Zé Carlos/ 13- Wlater); 7- Buia (25- Gustavo); 8- Ge;9- Brasão; 10- Rogerinho; 11- Vitinho. Técnico: Tatu
Arbitro: Luís Carlos Gavazi
Auxiliar 1: Robson Tiago Silva
Auxiliar 2: Rodrigo Freitas Santos
Cartões Amarelos: 3- Boi, 7- Bê, 10- Fumaça e 11- Fafi (Palmeirinha); 10- Rogerinho, 13- Walter e 9- Brasão (Brasília).
Cartão Vermelho: Bruno (técnico Palmeirinha)