BNH e Jardim Jaqueline apenas empatam na estreia

Time do Butantã, mesmo com um a menos, conseguiu a virada, mas pênalti no último minuto fez a vitória escapar

Por Lucas Ribeiro

No último jogo do sábado (14), BNH e Jardim Jaqueline fizeram um dos jogos mais movimentados do dia. Mesmo com o Paraisópolis gelado (fazia muito frio) e com um incêndio envolvendo cerca de 400 residências atingindo as duas comunidades, ambas as equipes conseguiram recompensar quem ficou na Arena Palmeirinha.

O jogo

Desconhecido pela maior parte dos que acompanham a Copa da Paz, o BNH precisou de 15 segundos para mostrar o seu cartão de visitas. Tanque arrancou pela direita e arriscou de fora da área, mas a bola saiu com perigo, assustando o goleiro Maurício.

A resposta do Jaqueline veio em seguida, aos dois minutos. Pelé recebeu na direita e arriscou. A bola se perdeu à esquerda do gol de Ronaldinho.

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Foto: Luciana Leal

O BNH conseguiu a vantagem no placar de forma inusitada. A zaga deu um chutão para a frente, mas ao invés da zaga do Jaqueline rebater para frente, o zagueirão acabou escorando de cabeça para trás. Tanque, que não tinha nada a ver com isso, agradeceu o presente, dominou a bola, invadiu a área e tocou cruzado na saída do goleiro para abrir o placar.

O gol fez bem ao BNH, que ficou mais confortável na partida e passou a tomar conta das ações. Já o Jaqueline acusou o golpe e passou a errar muitos passes no meio campo.

Aos 22 minutos, o BNH tinha uma falta perigosíssima para bater. Mais meio passo e teria sido pênalti. Cauê cobrou de pé direito e a bola passou muito perto do travessão.

Se a situação do Jaqueline era complicada, ficou muito pior aos 30 minutos. Maílson, que já tinha cartão amarelo, fez falta dura no meio campo. Willians não perdoou e expulsou o zagueiro do Jaqueline. A entrada foi tão violenta, que o camisa 10 Caio saiu lesionado, dando lugar a Cleiton.

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Jaqueline fica com 10 jogadores aos 30 minutos do 1º Tempo (foto: Luciana Leal)

Uma luz no fim do túnel

No último lance do primeiro tempo, o Jaqueline conseguiu o empate. Em falta cobrada rápida na intermediária, Pelé aproveitou o espaço e encheu o pé. A bola tocou no travessão e caiu dentro do gol, para alegria dos torcedores laranjas.

Hugo muda o jogo

Há males que vem para o bem. Esse ditado popular retrata muito bem o efeito que a expulsão de Maílson causou no time do Jaqueline. No 10 contra 11, o time de laranja e preto pareceu completamente à vontade. Tocava a bola, fazia o BNH abrir espaços e finalizava. Tudo aquilo que não conseguia com 11 jogadores.

Logo aos três minutos, Piruzinho cobrou falta da esquerda, a bola tocou no travessão e se perdeu pela linha de fundo, assustando o goleiro Ronaldinho.

Pouco depois aconteceu a entrada de Hugo. Aos 14 minutos, ele mostrou que ia dar trabalho. Ele arriscou da intermediária e obrigou Ronaldinho se esticar todo e espalmar o chute para escanteio.

Aos 23 não teve jeito. Hugo recebeu na direita, ajeitou e soltou a bomba. O tiro saiu cruzado, sem nenhuma chance para Ronaldinho. Um belo gol do Jaqueline, que virava o placar com um a menos, com toda a justiça.

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Foto: Luciana Leal

O Jaqueline continuou melhor na partida e finalizava bastante de fora da área, mas todos os chutes iam para fora.

O BNH parecia não conseguir reagir ao segundo gol. Como nada dava certo pelo chão, tentou o empate em uma bola aérea, aos 30 minutos. Ramon cobrou falta da esquerda, Pernilongo ganhou pelo alto, testou firme para o chão, no canto direito. Mas Maurício voou, segurou firme e praticou uma linda defesa.

O Jaqueline ainda tentou matar o jogo. O relógio apontava 35 minutos, quando Hugo recebeu na direita, cortou o marcador e, de canhota, bateu colocado. Ronaldinho se esticou todo e, de mão trocada, evitou o terceiro gol do Jaqueline, espalmando para escanteio.

E quando todos pensavam que o jogo estava liquidado, veio o lance derradeiro e toda a polêmica da partida. 36 minutos, a zaga do BNH afastou o perigo com um chutão. A bola percorreu todo o campo e caiu dentro da área do Jardim Jaqueline. Dois zagueiros do Jaqueline e um atacante do BNH, que não deu para identificar no momento, disputaram pelo alto e ambos caíram. Na queda, o jogador do Jaqueline caiu com as duas mãos em cima da bola e, depois, abraçou a bola, impedindo que ela fosse disputada. PÊNALTI.

O lance gerou a revolta dos jogadores, que alegavam que na queda, o jogador não teve a intenção de colocar a mão na bola. Já a comissão técnica argumentava que o zagueiro só caiu com a mão na bola, porque havia sofrido falta na disputa pelo alto. A opinião de quem vos escreve é de que houve a penalidade.

Cleiton, que não tinha nada a ver com toda essa confusão, cobrou com categoria. Colocou bola de um lado, goleiro do outro e partiu para o abraço, dando números finais ao jogo.

Ficha Técnica
BNH 2×2 Jardim Jaqueline
Data: 
14/05/2016
Local: Arena Palmeirinha Paraisópolis

BNH: 1 – Ronaldinho, 2 – Igor, 3 – Mosquito, 4 – Pernilongo e 6 – Zoio (16 – André); 20 – Thiaguinho (17 – Claudio), 7 – Coruja (22 – Danilo), 8 – Ramon e 10 – Caio (21 – Cleiton); 9 – Tanque e 11 Cauê (19 – Marcelo). Técnico:  Nil

Jardim Jaqueline: 1 – Mauricio, 4 – Oreia, 3 Maílson e 19 – Everton; 5 – Piruzinho, 6- Vítor, 10 – Léo (7 – Rodrigo), 23 – Renato (11- César) e 8 – Osvaldo (15 – Augusto); 9 – Pelé (25 – Hugo) e 14 – André (2 – Vágner). Técnico: Tigrês.

Cartões Amarelos: Zoio, Coruja e Cleiton (BNH) / Pelé (Jaqueline)
Cartão Vermelho: Maílson (Jaqueline)

Árbitro: Willians Costa
Assistente 1: Benedito Santana
Assistente 2: Leonardo Moura
Mesária: Dayane Tavares

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