Galo derrotou o Bate Fácil por 3×2 nos pênaltis
Por Leandro Olovics

No último domingo, dia 30 de agosto de 2015, aconteceu no CDC Jardim São José, zona oeste de São Paulo, a grande final da 11ª edição da Copa Pirituba. O Esporte Clube Comercial sagrou-se campeão, após um empate em 0x0 e uma vitória por 3×2 nas penalidades máximas sobre o Bate Fácil do Jardim Regina. Um jogo sem gols e só com um cartão dado, mas que reservou muitas alegrias para a torcida do time da casa, que compareceu lotando o campo, com mais de 300 pessoas vendo a peleja.

Primeiro tempo

Sem muitas emoções, o primeiro tempo correu como água em uma cachoeira. Talvez porque o jogo estivesse bom mesmo que sem muitos lances de encher os olhos. E estava calor, como estava calor! E como diz uma das bandeiras do Comercial, “só os guerreiros vestem vermelho”. Errado. Havia vinte e dois guerreiros dentro do campo; onze usavam vermelho, de fato. Mas do outro lado, mais onze usavam amarelo e azul, as cores do Bate Fácil. Guerreiros que deixaram suas famílias naquele domingo, e deram sangue, suor e lágrimas pela taça.
Os dois times começaram a partida com muita calma, sem atacar com muito perigo. O Bate Fácil tentava criar suas jogadas pelas laterais, ao contrário do Comercial, que procurava atacar pelo meio. E aos 11’, o primeiro lance de perigo do primeiro tempo. Entrada de Luiz Carlos da direita pelo meio, chutando a bola longe do gol. Luiz Carlos, camisa 9 do Comercial, foi buscado a maior parte do tempo, por ser a referência do ataque.
Aos 17’, ataque do Bate Fácil. Bola enfiada pela direita, e furada pelo do goleiro Zé Rodrigo. Com a defesa atenta, e ninguém do Bate Fácil para concluir, sobrou para a zaga afastar, afastar mal. Washington buscou fazer de cabeça, mas mandou para fora. E até o intervalo foi um lá e cá desgraçado, por conta do nervosismo e da Lua que estalava na cabeça dos presentes.
Segunda metade com menos ritmo que a primeira
O cansaço já começava a bater de verdade, e não só cheiro da borracha do campo era forte, mas o cheiro de uma decisão por pênaltis também já invadia as nossas narinas. A torcida comercialina fazia mais barulho, mas a verdade que não podemos negar é que a do Bate Fácil também estava presente apoiando. Muito menor em relação à outra torcida, os azuis e amarelos pareciam Davi frente ao gigante Golias, com suas bexigas.
O jogo ficou truncado no meio de campo, com os times investindo em contra ataques, mas sem conseguir finalizar com qualidade. Reflexo do cansaço? Do nervosismo de jogar uma final? Bom, sinceramente eu não sei. A única coisa certa ali era de que o tempo estava passando rápido, e o placar ainda estava em branco.
Com 8’, o lance de maior emoção do segundo tempo, quando o goleiro do Comercial tentou começar uma discussão com a defesa do Bate Fácil, mas foi logo travado pelo árbitro Laudinho. Coisa de momento, nada que tirasse o brilho da final. Final essa que foi bem comportada, vale salientar. Partida de pouquíssimas faltas: depois dos 70 minutos + acréscimos, o jogo terminou com apenas um cartão amarelo, para o jogador Sullivan, camisa 14 do Comercial.

Aos 37’16’’, apito final e decisão por pênaltis. A quinta e derradeira cobrança foi do Bate Fácil, que fez a bola bater bem difícil na trave. Fim de jogo, fazendo explodir o CDC Jardim São José. Esporte Clube Comercial, campeão da Copa Pirituba!
Penalidades Máximas – Comercial 3×2 Bate Fácil
Comercial – O O X X O / Bate Fácil – X O X O X
Ficha técnica – E.C. Comercial (3)0x0(2) Bate Fácil
Comercial (Pirituba)
1 – Zé Rodrigo, 2 – Clebson, 3 – Henrique (13 – Ítalo), 4 – Mário Kafka, 6 – Alan Roberto, 7 – Luiz Santos (20 – Alisson), 8 – Guilherme Xavier, 9 – Luiz Carlos, 10 – Rafael França, 11 – Erick, 14 – Sullivan (Cartão amarelo), 16 – Dimas, 17 – Jorge Luiz
Técnico: Índio. Assistente técnico: Adriano. Massagista: Francisco.
Bate Fácil (Jd. Regina)
1 – Wagner Nazário, 2 – Marcos Aurélio, 3 – Alex Revanbandi, 5 – Odair, 6 – Eduardo, 7 – Diogo Gustavo (4 – Marcos), 8 – Felipe, 9 – Washington (15 – Fábio Salustiano), 10 – William, 11 – Clóvis Tadeu, 13 – Sérgio , 16 – Felipe Souza, 17 – Guilherme, 18 – Júlio César
Técnico: Tião. Assistente: Gê. Massagista: Plínio.
Árbitro: Laudinho. Assistente 1: Giovanni. Assistente 2: Daniel. Mesário: Luiz Felipe. Representante da competição: Nenê, presidente da Azon.