Moleque Travesso vence Batti Fácil e conquista o título da Copa Nove de Julho na Zona Leste

Final foi marcada por muito equilíbrio durante todo o tempo no céu Jambeiro, em Guaianazes

Pré-jogo

No último domingo, (02) Moleque Travesso e Batti Fácil entraram em campo para disputar o grande titulo geral da Zona Leste na Copa Nove de Julho. Ambos os times foram “campeões” de seus respectivos dias. O Moleque bateu o tradicionalíssimo Boa Esperança por 3×2 na final de sábado, enquanto o Batti Fácil conseguiu a vitória frente o Real Pantanal nas penalidades na final de domingo.  Os treinadores Allan e Daniel se mostraram confiantes. Os dois comandantes disseram que iriam priorizar a posse de bola para evitar com que seu adversário pudesse chegar com certo perigo. Então, a bola começou a rolar na Zona Leste.

WhatsApp-Image-20160707
Foto: Caio Henrique

Primeira etapa com poucas finalizações

Como na grande maioria das finais de campeonatos, o jogo começou muito estudado. Ambas as equipes se preocupavam demais em marcar forte e tentar chegar pelas pontas com velocidade, porém, os sistemas defensivos estavam atentos a qualquer tipo de jogadas. Pouco perigosa, mas excelente pela construção, a jogava feita pelo Batti Fácil aos 12 minutos mostrou o porquê da equipe da Vila Nhocuné estar na final. De pé em pé. Praticamente todos os jogadores participaram da troca de passes, sempre com apenas dois toques na bola, até que ela chegou aos pés de Bruninho que encontrou o centroavante Luizinho na esquerda. O camisa 9 girou e finalizou por cima do gol.

Para mostrar que também estavam ligados na partida, o Moleque Travesso chegou e chegou bem. Aos 16 jogados, um lançamento do meio campo chegou até Danilo. O centroavante se precipitou na jogada, esperou a bola dar um pingo e cabeceou na mão do arqueiro. O detalhe é que Danilo poderia ter dominado a bola e finalizado melhor, pois ele estava sozinho na jogada, mas para evitar que algum defensor pudesse chegar junto no lance, a estratégia foi de finalizar com a cabeça, o que não deu muito certo.

Durante toda primeira etapa essa foi a tônica do jogo. Os times se revezavam na posse de bola, mas aquele capricho no passe ou na finalização faltava nos dois lados. Era claro o nervosismo e ansiedade dos times em abrir o placar e ficar na vantagem. Com isso, a primeira etapa foi encerrada sem nenhum perigo claro de gol.

Intervalo

O discurso no intervalo foi o que todos esperavam ouvir. Chegar com tranquilidade. Foram as palavras de Felipe, meio campista do Moleque Travesso. “Ter mais pegada. Agora é voltar com mais pegada para ter a posse de bola e finalizar bem para fazer os gols”, completou Felipe. Lusinho, centroavante do Batti Fácil reconheceu que o último passe era o que faltava para sua equipe conseguir sair com a vitória e o titulo de campo. “Acho que falta somente adiantar um pouquinho. Se dermos uma adiantada na marcação a bola vai chegar mais e vamos conseguir finalizar”, disse também o  jogador.

Etapa final com gols

O que foi falado por Luisinho aconteceu dentro de campo. O Batti Fácil  voltou melhor que o Moleque na etapa final. A marcação adiantou.  Tranquilidade e paciência para chegar também começaram a aparecer. Aos 10 minutos, grande jogada da direita de Jorge Eduardo que cortou para o meio e bateu colocado obrigando Ronaldo as espalmar para o meio. No rebote, Bruninho chegou batendo, mas mostrando grande reflexo e poder de reação, o arqueiro conseguiu defender novamente. A pressão era grande. Evidentemente era uma questão de tempo para o gol sair, e apenas um minuto depois, pênalti para o Batti Fácil.

WhatsApp-Image-20160707 (1)
Foto: Caio Henrique

A jogada foi toda produzida pelo meio campo. A bola chegou a Dão que havia acabado de entrar. O atacante dominou de costa e foi puxado pelo zagueiro. Muito bem posicionado, o arbitro marcou a penalidade. Aos 12 minutos, o próprio Dão foi para a bola e bateu de chapa no canto esquerdo do goleiro que nada pôde fazer. Gol do Batti Fácil que agora jogava com a vantagem no placar.

Como todos nós sabemos, o futebol é uma caixinha de surpresa. No momento em que o Batti Fácil estava melhor no jogo, o Moleque Travesso conseguiu buscar o empate. Após tomar o gol, a equipe do Jd Planalto começou a jogar o futebol que o levou até a final. Muito toque de bola, movimentação e intensidade, entretanto, a equipe encarava uma sólida defesa do Batti Fácil, então, a alternativa era o improviso, o talento, a jogada individual. Bom, ela veio aos 16 minutos.

Nego, o mesmo que havia dado um passe primoroso para Danilo contra o Boa Esperança, colocou uma linda bola na cabeça de Danilo novamente. Um verdadeiro passe de meia esquerda. Cabeça erguida e capricho. Danilo também mostrou talento em fazer gols e, com uma escorada, colocou a bola no ângulo de Wagnão que estava um pouco adiantado e não conseguiu defender, mesmo se esticando todo.

Final de jogo equilibrado e penalidades

Após o empate no placar novamente, a igualdade no jogo apareceu e permaneceu até o fim. Os times tentaram implantar suas filosofias de jogo. O Moleque com toque de bola e o Batti Fácil com jogadas em velocidade pelas pontas, mas nada foi efetivo o suficiente para assustar. Mais nenhuma jogada perigosa aconteceu. O Batti Fácil ainda trocou o goleiro que se machucou, com isso, o Moleque tentou alguns chutes de fora da área, porém sem nenhum perigo. O jogo terminou assim como começou, igual. Placar justo, e as penalidades decidiram o titulo. Acompanhe.

Em breve, o vídeo dos pênaltis

Moleque campeão, Batti Fácil focado em outras competições

“Os dois times criaram, pecamos nas finalizações e sabemos que final é assim. Pênalti vence quem bater melhor, eles bateram melhor e não conseguimos o titulo”, disse Clebinho, camisa 10 do Batti Fácil. O jogador ainda acrescentou sobre o futuro da equipe. “Não dá nem tempo de lamentar. Sábado nós jogamos a Paz (Copa da Paz) já, contra uma grande equipe que é o Pioneer e na sequencia também tem as quartas de finais gerais da copa do Nove, então vamos em busca dos títulos que temos para disputar ainda”.

Para o Moleque Travesso foi só festa. Esse foi o primeiro grande titulo conquistado pela equipe fundada em 2003. Conversamos com Branco, capitão da equipe, o homem que levantou o tão sonhado troféu. “Muita felicidade, viemos desacreditado pra copa, ninguém acreditava em nós, mas aqui somos um grupo unido, tudo parceiros. Fechamos e fomos pra cima. Agora é só aproveitar, curtir e só festa depois”, disse o jogador muito emocionado. Sobre o futuro na Copa ele afirmou que agora todos sabem quem é o Moleque de verdade. “Ainda a ficha não caiu, mas é maravilhoso conseguir entrar pra história do Moleque Travesso, é gratificante”, finalizou Branco e depois foi para a festa.

 

WhatsApp-Image-20160707 (2)
Moleque Travesso, campeão da zona leste da 6ª Copa Nove de Julho (foto: Caio Henrique)
WhatsApp-Image-20160707 (3)
Foto: Caio Henrique

Ficha técnica

Moleque Travesso 1 (5)x(4) 1 Batti Fácil
Data: 03/07/2016
Local: Céu Jambeiro

Moleque Travesso: 1- Ronaldo; 2- Fabinho; 3- Otávio; 22- Zila; 14- Marquinhos; 8- Branco; 18- Anderson (21- Careca); 5- Xicha; 17- Felipe (7- Adriano); 10- Nego (6- Talles); 9- Danilo. Técnico: Allan

Batti Fácil: 1- Wagnão (12- Wesley); 2- Didi; 3- Adilson; 16- Bia; 5- Alemão; 16- Fabinho; 10- Clebinho (13- Anderson); 17- Bruninho; 11- Jorge Eduardo; 9- Luisinho (19- Dão). Técnico: Daniel

Árbitro: Max Venâncio
Auxiliar 1: Wendel Almeida
Auxiliar 2: Eduardo Santana
Quarto Árbitro: Menudo
Representante: Carlinhos Brasa

Voltar ao Topo