Final da peleja foi marcado por erros de arbitragem. Confusão fez o segundo tempo durar uma hora
Por Leandro Olovics
Pioneer (Vila Guacuri) e Catuense (Jd. Noronha) se enfrentaram no CDC Anhanguera, zona sul de São Paulo, em jogo que valia vaga na final de domingo da Copa Capela do Socorro. Foi uma partida pegada, de marcação muito forte, e com a arbitragem de protagonista.
Um jogão de bola no primeiro tempo!
O jogo em si foi inteiro pegado. As duas equipes começaram se estudando, tentando driblar o maior adversário naquele momento: o Sol do meio dia. Talvez, tenha sido desse calor que a Catuense se aproveitou para dominar o jogo e fazer o que ninguém esperava, nem o mais fiel dos torcedores.

Aos 4’, Danrlei matou a bola no ar, e enfiou de direita para Alexandre, matando a defesa do Pioneer. Alexandre mandou no contrapé de Celso para abrir o placar. No lance seguinte, ataque do Pioneer e Jajá perdeu uma chance incrível na frente do gol. Já diziam os antigos: quem não faz, toma. De novo Danrlei, que dominou a bola, mandou no alto canto esquerdo, sem chances para Celso. Em cinco minutos, a Catuense abriu 2×0 no placar.
Com isso, o time do Jd. Noronha adotou uma postura defensiva, mas sempre tentando achar uma brecha, para explorar o contra-ataque. Já a equipe da Guacuri apostou tudo e foi para o ataque, buscando o empate. Aos 14 minutos, cobrança de escanteio, somada com a desatenção e falha do goleiro Cirulli, resultou no gol de cabeça de Rodriguinho.
Mesmo com grande parte do time recuado, a Catuense era bem superior ao Pioneer no jogo. Ambas as equipes protagonizavam uma boa peleja, com muita raça e vontade. Até que aos 26’, um tempero a mais na receita. Bola no alto dentro da área, e o zagueiro da Catuense, Cafu, afastou com o braço. Aí não pode, né? Os jogadores da Catuense protestaram muito, alegando que a bola pegou no ombro e não no braço, mas o árbitro marcou a penalidade. Rodriguinho foi quem cobrou, guardou no barbante e empatou o jogo. Segundo gol dele no jogo.

Na hora do gol, o assistente do Pioneer, Régis, estava dentro de campo para dar água para o goleiro. Não se atentou para as orientações do mesário e acabou sendo expulso. O empate animou times e torcedores, deixando o jogo com cara de várzea! E foi nesse ânimo que os dois times foram para o intervalo.
Lance polêmico decide a partida
Na volta do segundo tempo, os times vieram com a proposta de atacar. Era evidente que ninguém queria a decisão por pênaltis. Com 8’, em mais um ataque da Catuense, a zaga do Pioneer mandou para o alto. Com 17’, o Pioneer cresceu muito, e ia para frente pelas laterais e a Catuense mesmo recuando, atacava pelo meio. Todo o segundo tempo pode ser resumido em jogadas aéreas, e o cansaço ia dominando os guerreiros aos poucos.
E quando as cobranças na marca da cal já estavam sendo aceitas, e já eram uma realidade, um balde de água fria nas expectativas, e no time da Catuense. Para o Pioneer, o desafogo total. Com 35 minutos, no apagar das luzes, Thiago arriscou um petardo pela direita, e a zaga da Catuense mandou pra dentro. Renato pôs as mãos para trás, mostrando que não tocou na bola. Pioneer 3×2 Catuense. E a primeira confusão começou. O time amarelo acusava Renato de ter empurrado a bola para dentro com as mãos, e o jogo ficou um bom tempo parado, para tentar recolocar os ânimos no lugar. O fato do bandeirinha não ter corrido para o meio, ajudou a aumentar o clima de tensão, pois, para a Catuense, se ele não correu para o meio, logo, o gol foi inválido. Mas o árbitro confirmou o gol para a equipe da Vila Guacuri
Com a Catuense querendo o gol, com o tempo que ainda restava, eles foram para cima. Na primeira oportunidade, a defesa do Pioneer tirou meio afobada. O zagueiro tirou de cabeça, e os jogadores da Catuense reclamaram de toque de mão e pediram pênalti. Na segunda, com a bola no chão, um jogador do Pioneer abraçou a bola para depois afastar. Novamente os jogadores da Catuense pediram pênalti, que o árbitro não deu. Era a cereja do bolo que faltava. A confusão foi generalizada e gritos ecoavam por todo o canto. Os dois times, os dois bancos, as duas comissões, as duas torcidas, a mesa da competição.

Muita discussão.No cronômetro deste que vos fala, o segundo tempo acabou com exatos 59 minutos e 55 segundos. O time da Catuense foi embora revoltado, inconsolável e inconformado. Já o Pioneer fez a festa, e agora vai pegar o Palmeirinha, do Paraisópolis, na final de domingo, no próximo dia 29, às 12h, no Estádio Nicolau Alayon, na Barra funda. E terá que melhorar muito se quiser enfrentar o Favela (Heliópolis) na final geral. Muito.
Ficha técnica
Pioneer 3×2 Catuense
Local: CDC Décio da Silva, Santo Amaro, São Paulo
Pioneer (Vila Guacuri)
1 – Celso, 2 – Thiago, 3 – Misael, 21 – Robertinho, 5 – Mazinho, 20 – Roque, 8 – Ivan (19 – Jeremias), 11 – Guilherme (23 – Bruno), 10 – Rodriguinho, 15 – Jajá (14 – Renato), 16 – Braz, 17 – Gilmar, 18 – Carlos Henrique Técnico: Juninho. Assistente: Régis.
Catuense (Jd. Noronha)
33 – Cirulli, 2 – Cafu (21 – Tiago), 3 – Civi, 4 – Tégio, 5 – Cabeça (19 – Edcarlos), 6 – Tiquinho, 13 – Papel, 8 – Jully, 10 – Murilo, 9 – Danrlei, 17 – André, , 20 – Xuxa, 18 – Diogo, 15 – Alex, 16 – Henrique, 11 – Alexandre (7 – Matheus) Técnico: Osmar Marreta. Assistente: Bismarck.
Árbitro: Eduardo
Assistente 1: Ferretti
Assistente 2: Eric
Mesário: Paulão do Nizia